sexta-feira, 20 de julho de 2012

A importância do encontro

Para o incrível teórico chileno, Humberto Maturana, "somos seres geneticamente sociais. Somos dotados de um altruísmo biológico natural, manifestado em nossa necessidade de fazer parte de grupos humanos e de operar em consenso com eles em nossa organização social. E como humanos, somos dotados de uma faculdade reflexiva consciente, que nos dá o poder de transformar o mundo de que dispomos. E é na relação com o outro, quando ocorre o encontro, que se dá a criação e recriação do ser humano em sua ação transformadora do mundo."
Assim, ao indagar sobre a importância da ação transformadora que ocorre a partir de um encontro verdadeiro ou, que deveria ocorrer tanto na relação educador-educando, quanto no processo de “cura” para as dores da alma..., refleti sobre a importância do olhar mais sensível ao outro.  Olhar em direção ao olhar do outro, para se conectar com a sua essência, para aceitar o outro como ele é... e, delicadamente estabelecer o encontro para o processo de transformação.
Quando praticamos a escuta, aquela que nos aproxima da realidade do nosso interlocutor, conseguimos ser mais empáticos. A escuta nos transporta para que nos coloquemos no lugar do outro e, é no deslocar-se para o outro que conseguimos a abertura para compreender e ajudar sem julgar, criticar ou rotular.  É no ato amoroso da compreensão que se dá a transformação e o entendimento da natureza interior.
O verdadeiro encontro, sem dúvida nenhuma, provoca transformação, e isto, está ao alcance do ser humano, portanto deverá estar a serviço da evolução da vida. Assim, a prática do diálogo reflexivo, esclarece as nossas questões interiores, as nossas inquietações e, nos conduz para o caminho do desenvolvimento interior. 
E para retratar a alquimia disto tudo, nada melhor que as sábias palavras de Carl Gustav Jung

O encontro de duas personalidades, assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação.”
                                                                  Um abraço, Renata Calixto