quarta-feira, 6 de junho de 2012

O "olhar" sensível do coração.

Faz alguns dias que um  provérbio não sai da minha cabeça, e isto, tem a ver com algumas tomadas de decisões, do qual a direção se deu pelo centro de inteligência do meu coração. O provérbio diz o seguinte: 

"Observe atentamente o caminho que seu coração aponta e escolha esse caminho com todas as forças."

Seguir o "olhar" sensível do coração para as situações que a vida apresenta,   requer aprofundar os alicerces dos pilares da  auto-confiança, auto-respeito, auto-valorização e auto-realização. 
Quando li o texto, O Piano, de autoria desconhecida veiculado na internet, enxerguei  um "encontro amoroso e verdadeiro", do qual o olhar sensível do coração fortaleceu as estruturas dos alicerces da Confiança, do Respeito, do Valor e da Realização Pessoal. Alicerces que fundamentam os passos de nossas escolhas e decisões durante toda a vida. Porém, sem o olhar, o escutar e o falar do coração não conseguiremos nos transformar e provocar transformações. 
Aí vai a história:
O piano
"Com o desejo de encorajar seu filho a estudar piano, a mãe levou o menino a um concerto de Paderewski, famoso compositor polonês. Depois de terem se sentado, a mãe reconheceu uma amiga na platéia e caminhou em sua direção. Aproveitando a oportunidade para explorar as maravilhas de uma sala de concertos, o garoto se levantou e foi em direção a uma porta, sobre a qual estava escrito: “Não entre”.
Quando as luzes da sala começaram a escurecer e o concerto estava para começar, a mãe retornou a seu assento e descobriu que seu filho tinha desaparecido. De repente, as cortinas se abriram e as luzes focalizaram, sobre o palco, o impressionante piano Steinway. Horrorizada, a mãe viu o pequeno sentado na frente do teclado, inocentemente tocando algumas notas de uma canção infantil.                                           
Nesse momento, o grande mestre do piano entrou no palco e rapidamente se dirigiu ao piano, sussurrando nos ouvidos do menino: “Não pare. Continue tocando”. 
Então, inclinando-se, Paderewski colocou a mão esquerda sobre o teclado e passou a complementar a melodia simples, com uma harmonia. Em seguida, a sua mão direita, contornando o outro lado do menino, adicionou um obbligato rápido. Juntos, o velho mestre e o jovem aprendiz transformaram uma situação amedrontadora numa experiência criativa, magnífica. E o público ficou encantado.
Seja qual for a nossa situação na vida — não importa quão opressiva, desesperada, aparentemente inútil —, seja até a nossa “noite escura da alma”, uma voz sussurra bem dentro de nosso ser: “Não pare. Continue tocando. Você não está só. Juntos, vamos transformar esses padrões desconectados numa obra de arte do espírito criativo. Juntos, iremos encantar o mundo com a nossa canção”.  

Acredito que todos nós temos uma canção pessoal para encantar o mundo, por isto confie na voz do seu coração. Um forte abraço, Renata.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A transformação ocorre de dentro para fora...

Por acreditar, que o verdadeiro sentido da existência é a busca pela Paz e Felicidade, tornei-me uma estudiosa do tema relacionado à Cultura de Paz e Educação em Valores.
Acredito no despertar do melhor que existe em cada pessoa e isso nada mais é que o despertar do potencial ético. No potencial de reconhecer que o quê é certo é certo e o quê é errado é errado.
Aposto na educação em valores como meio que permeia o psicológico e o pedagógico para ocorrer à transformação de dentro para fora em cada indivíduo, pois assim, dar-se-á o refletir das ações.   
Mas podemos refletir melhor sobre a definição de Valores, a partir das palavras iluminadas de Dadi Janki da Organização Brahma Kumaris:

“Nossos valores guiam nossos pensamentos e nossos pensamentos são as sementes de nossas palavras e ações. Isso é tão importante que cada um deveria perguntar-se: quais são os meus valores na vida?”

Sendo assim, é importante rever sempre os nossos valores na vida. No caso do educador que se torna uma referência para as crianças, não poderá falar de Amor sem vibrar amor, não poderá falar de resolução de conflitos, se tiver uma ação de violência, sem deixar de ser manso em suas palavras e coerente em sua postura. Os valores precisam ser vivenciados, absorvidos e internalizados. O exercício do diálogo, da ação correta e não violenta, do olhar amoroso e da palavra pacífica devem estar presentes ao redor da vida da criança, como o ar que respira. Por isto, é fundamental tecer uma parceria com as famílias para o sucesso do desenvolvimento do trabalho e, assim, conhecer o seu funcionamento.
É no espaço familiar que os valores deveriam ser internalizados, mas por diversos motivos esta função foi repassada por algumas famílias para o ambiente institucional. Portanto, há de se considerar que, quando um faltar, o outro possa estar firme, para servir de referência estruturante para a criança.
Desenvolver uma pedagogia em Valores é enriquecedor, pois todos os atores são beneficiados. A criança ensina ao aprender, o educador se torna agente de mudança ao se transformar, a comunidade institucional absorve novos valores de convivência e a família ao observar a mudança de seus filhos, descobre novas habilidades ao se relacionar.  E como resultado, colaboramos para a construção de um mundo mais pacífico.                                                      Um abraço, Renata.